terça-feira, 17 de setembro de 2013

FORTALEZA...


Cozido delicioso na casa da tia Néca

Com meu primo Markito no mercado São Sebastião

Castanhas em diversos tamanhos no mercado Central

Frutas e legumes no São Sebastião

Pastelaria Leão do Sul no centro, desde 1926

Praça do Ferreira, centro

Pastel de queijo e caldo de cana no Leão do Sul

Sapotis e romãs no centro

Romãs

Acerola e peras nas bancas do centro

Goiabas, cajus e tangerinas
Castanhas no mercado Central


Manteiga, cachaças, doces no mercado Central


Catedral no centro, linda

Corredor no Dragão do Mar

antiga agência da Caixa, a Pessoa Anta, onde trabalhei muitos anos, agora um Centro Cultural

Amigos queridos degustando a entrada do jantar

O molho da massa

A placa do Passeio Público, restaurado

Passeio Público, centro

Praia do Futuro de manhã
Amigos no restaurante vegetariano da Marília, o Sabores Orgânicos, que tem também uma pequena mercearia

Joana, eu e sua mãe Artemisa, família querida

O brinde que teve até a dona Helena, matriarca da família Alencar e os queridos Valter, Clásia, Cleide, Rosa Eulália (minha anfitriã), Marcos e Roza 

Roza, eu e Milena no brinde de dois dedos


Passei a última semana numa curtinha e necessária mini-viagem de férias em Fortaleza, terra em que morei por quase vinte anos e que me deu, entre muitos e queridos amigos, dois lindos e amados filhos. Não tirei todas as fotos que quis porque essa modernidade de viver o momento presente e ao mesmo tempo registrá-lo para a posteridade é para os poucos e bons ou para quem, como meus filhos, já nasceu quase ligado no computador ou no facebook. Não é o meu caso.

Mesmo assim, quando não esqueci de registrar, deu para guardar na memória os muitos momentos gostosos dessa pequena viagem. Fortaleza, esquecendo o trânsito difícil, a violência e todos os problemas comuns a uma metrópole, continua com seu mar azul e convidativo e a brisa mais fresca que se pode querer. Para quem saiu dos quase quarenta, vinte e cinco graus é uma benção. Uma caminhada na areia da praia olhando para o horizonte, com os pés mergulhados em água gelada, não tem preço. 

Não fiz viagem de turista. Aproveitei para rever velhos amigos, uma parte da minha família, descansar e comer. Nem fui no camarão à beira-mar, que se compra cru e se frita ali mesmo, para comer se lambuzando. Também não deu tempo de voltar à praia e comer caranguejo cozido até me empanturrar. Fortaleza é uma cidade para muitos dias. Precisa ser aproveitada com calma, fora do meio turístico, para ir descobrindo seus encantos todos. 

Mas não deixei de ir ao centro e me deliciar com as barracas de frutas da terra, misturadas às maçãs e peras de sempre. Sapoti, caju, romã, cajá-umbu que eu comi sem lavar, fazendo careta mas mergulhando em sabores muito especiais. O  velho Leão do Sul de frente para a Praça do Ferreira, desde 1926 servindo o melhor pastel da cidade. Tinha eu acabado de almoçar, mas pedi perdão dos pecados e ataquei sem pena um pastel de queijo macio e um caldo de cana tirado na hora e apenas na hora em que meu pastel ficou pronto.

Perguntei ao vendedor quantos pastéis saíam dali todos os dias: "Em dias normais, uma média de 900, 900 e pouco." A lanchonete, muito simples, vive permanentemente lotada e todos os dias saem entregas de trinta ou quarenta deles para empresas ali por perto. Na parede, uma placa informa que a azeitona do pastel tem caroço. É a conhecida capacidade do cearense de fazer humor, se não para prevenir um dente quebrado, pelo menos para dar legitimidade à comida.

Também passei no Mercado Central e tomei uma água de coco olhando o movimento. Fui ao Passeio Público, agora restaurado, cheio de plantas e guardas gentis que não se incomodaram em tirar algumas fotos num fim de manhã ventilado e cheio de sol. 

Minhas fotos estão misturadas de propósito, sem compromisso. Foi mais ou menos a forma como decidi passar esses dias. Do delicioso cozido iniciado por meu primo Markito e finalizado pela minha tia Néca, ao suco de cajá e ao açaí tomados no mercado São Sebastião, onde fui matar as saudades, comprar nata fresca e manteiga da terra. Além do mais, garantir a paçoca feita no pilão para comer com fatias de banana. 

Ainda tive um almoço delicado com um feijão verde delicioso, entre outros pratos, preparados pela querida Artemiza, mãe da minha norinha Joana, essa moça bonita de longos cabelos negros aí de cima. Comida vegetariana no Sabores Orgânicos, sopa de mariscos no Babette, almoço no La Pasta Gialla, pizza fininha na Vila Mosquito, sorvete na 50 Sabores, café, bolo, pão, peixe e uns trezentos quilos depois, uma saudade imensa. 

Não sou saudosista. Vivo o presente, mas não deixo de olhar nunca para trás. Assim eu sei de onde vim e para onde vou. Assim agrego no meu coração mais pessoas importantes. Às vezes, uma ou outra tromba de frente, mas aprendi a dar a volta antes do choque. Quando não dá tempo, é sacudir a poeira e dar a volta por cima. Faz parte. 

Para que você não deixe de aproveitar um pouco dessa comilança, aí vai uma adaptação de um molho que era servido em um restaurante de comida italiana aqui no Acre, cujo nome não lembro mais. Comi, gostei e pela descrição do prato, vai aí a versão. Meus amigos adoraram e terminaram a noite levando potes do molho para casa. No final, peras cozidas em calda de água e açúcar servidas com ganache de chocolate e bolo. Na entrada, minestronne e abóbora assada com noz moscada, pimenta e sal, além de azeite. Claro, exagerei na dose, basta a massa para dar conta da fome, mas eles foram guerreiros e comeram de tudo!

Molho de tomate e gorgonzola

Ingredientes

03 dentes de alho amassados
02 colheres de sopa de cebola branca picada
03 colheres de sopa de azeite
350 g de queijo gorgonzola de boa qualidade
120 g de queijo parmesão ralado na hora
2,3 kg de tomate maduro, sem a pele (você também pode usar tomate pelado em conserva)
04 ramos grandes de manjericão fresco, ou a gosto
01 pitada de pimenta do reino moída na hora
02 colheres de sopa de manteiga
Azeite e  sal a gosto
Açúcar para corrigir a acidez, caso necessário
1 kg de espaguete (pode ser usada uma outra massa)

obs: caso faça para menos pessoas, reduza as quantidades proporcionalmente

Modo de fazer

Coloque uma panela grande com água para ferver. Mergulhe rapidamente os tomates, retire-os, mergulhe-os em água fria e puxe a pele com cuidado. Eu deixo as sementes, mas se quiser pode retirá-las. Em outra panela, coloque as colheres de azeite e o alho amassado. Deixe fritar um pouco sem queimar e acrescente a cebola, refogando um pouco. Acrescente os tomates, uma pitada de sal e de pimenta e deixe cozinhar na própria água que eles vão desprendendo. Coloque as folhas de dois ramos de manjericão, ajuste o sal e se estiver muito ácido, coloque duas a três colheres de sopa de açúcar. Mexa, prove para ver se não precisa ajustar e deixe cozinhar até o tomate ficar bem macio. Se ele não desmanchar, passe-os rapidamente no liquidificador sem o caldo e volte-os para a panela até que fique um molho grosso. Desligue o fogo, coloque o queijo gorgonzola em pedaços pequenos e mexa até derreter. Coloque as duas colheres de manteiga e mexa. Acrescente algumas folhas de manjericão e reserve o restante para a decoração. Cozinhe a massa em água com sal, sem óleo. Coloque porções nos pratos, despeje o molho e polvilhe queijo parmesão a gosto. Enfeite com o manjericão. Caso utilize o tomate pelado, ajuste a quantidade para o número de latas necessárias e proceda da mesma forma. Bom apetite! 

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Uma das minhas músicas mais queridas, aqui na interpretação de Teti e Ednardo, com Petrúcio maia ao piano. Lupiscínica, de Petrúcio Maia e Augusto Pontes, em disco de 1979. Linda, linda!

Ouça aqui: http://www.youtube.com/watch?v=FMBAaE7M71k

Outra de minhas queridas, na sempre bela voz de Ednardo, composição de Petrúcio Maia e Fausto Nilo. Dorothy Lamour, gravação de 1974. Imperdível!

Ouça aqui: http://www.youtube.com/watch?v=dhVF7Y8iW8I









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